terça-feira, 18 de junho de 2013

8 objetos do dia-a-dia que são sujos como a sua privada

Invista no poder da gentileza


:: Rosana Braga ::
Prepare-se para colher os benefícios!
O que é ser gentil?
Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Ser gentil, portanto, é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos. Ou seja, para se tornar uma pessoa mais gentil, é preciso que cada um reflita sobre o modo como tem se relacionado consigo mesmo, com as pessoas e com o mundo.
O que você percebeu com os números da Organização Mundial da Saúde?
Percebi, bastante entristecida, o quanto temos nos colocado numa espécie de armadilha, o quanto temos nos deixado sucumbir pelas ilusões da modernidade, o quanto temos nos perdido de nós mesmos e esquecido de nossa capacidade de agir com o coração e de valorizar aquilo que realmente nos preenche, que realmente nos faz sentir felizes e plenos. Os dados são assustadores e delicadíssimos, uma vez que a depressão tende a ser, até 2020, a segunda causa de improdutividade das pessoas, seguida apenas das doenças cardiovasculares. Além disso, distúrbios afetivos como ansiedade, depressão e transtorno bipolar crescem absurdamente, sem falar em síndrome do pânico, TOC, entre outros nomes que se tornam cada vez mais comuns entre as pessoas. Diante da indignação que esses dados me causaram, encontrei mais motivos ainda para investir na gentileza e insistir no fato de que é somente agindo de modo coerente com o que realmente desejamos da vida que poderemos viver de modo mais equilibrado e menos doentio.
Por que esquecemos de ser gentis?
A rotina nos cega, costumo dizer. Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos, nos tornamos mais e mais insensíveis. E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso. É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor. Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.
Você diz no livro que ser gentil nada tem a ver com ser bobo e dizer sim a todos?
Exatamente. Ser gentil nada tem a ver com ser bobo e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário: quanto mais gentil somos com as pessoas, mais gentil somos também com nossa verdade, com nossos valores. Assim, dificilmente nos aviltaremos em nome de algo que não esteja de acordo com nosso coração. Pessoas que dizem “sim” a todos estão, na realidade, reforçando uma imagem de ‘vítimas da vida’, alimentando um argumento de ‘coitadinhas’, de extremamente boas e injustiçadas. Isso não é ser gentil e demonstra mais uma dificuldade em lidar com sua própria carência do que a força ou o poder contido na gentileza. Aprender a dizer “não” nem sempre é uma tarefa simples. A gente aprende que tem de corresponder às expectativas de quem amamos, desde pequeninos; daí, quando crescemos, não sabemos dizer “não” sem nos sentirmos culpados. Daí para justificar nosso medo de dizer “não”, é um pulo; afinal, é bem mais fácil transferirmos a responsabilidade de nossas limitações para o outro.
Dá pra falar ‘não’ sendo gentil? Como?
Não só dá como é o mais inteligente. Muitas vezes, a gente associa a palavra “não” à raiva ou à falta de gentileza, quando na verdade ela é apenas uma resposta, tão cabível quanto o “sim”. Desde que seja dito com sinceridade e respeito, sabendo por que motivo você está dizendo “não”, a gentileza é absolutamente coerente. O problema é que a gente já diz com culpa e, para não demonstrar, altera o tom de voz, tenta se justificar acusando o outro ou inventando pequenas mentiras que tornam a relação pesada, tensa. Basta que sejamos honestos, que nos permitamos respeitar nossos limites, que aprendamos a nos dar o direito de dizer “não”. Além disso, vale um questionamento: será que é tão difícil dizer “não” porque, na verdade, você não consegue ouvir o “não” do outro? Será que esta dificuldade em negar ao outro não está a serviço de poder lhe cobrar sempre o “sim”? Enfim, lance mão de um tom de voz compreensivo e afetuoso e o seu “não” será muito mais humano e aceitável do que aquele que a gente costuma dizer gritando, acompanhado de gestos agressivos.
Que benefícios a gentileza nos traz?
Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas como a gentileza são características escassas e muito bem quistas no mundo atual.

Como a gentileza interfere no nosso dia-a-dia? Nas relações de trabalho, no amor, na família?
Como disse anteriormente, a gentileza facilita todas as relações. No livro, conto a comovente história de vida do Profeta Gentileza, que viveu na cidade do Rio de Janeiro pregando a paz entre as pessoas. Ele tinha uma frase que ilustra muito bem o que chamo de “poder” da gentileza: GENTILEZA gera GENTILEZA. Do mesmo modo, o contrário também é verdadeiro. Ou seja, grosserias geram grosserias e a gente sabe que ninguém gosta de ser tratado de forma grosseira. Em minha palestra (com o mesmo título do livro), abordo os malefícios que a falta de gentileza causa em nossa saúde física, emocional e mental. Para se ter uma pequena idéia do quanto a gentileza interfere em nosso dia-a-dia, basta notar: pessoas intolerantes, briguentas e pouco ou nada gentis geralmente sofrem de enxaqueca, gastrite, ansiedade, cansaço, falta de criatividade, entre outras limitações. Sendo assim, o que podemos fazer de mais inteligente é tratar de praticar a gentileza quanto mais conseguirmos. E isso é uma escolha, antes de mais nada.
Como nasceu a idéia do tema para escrever o livro?
Eu já tratava, há algum tempo, do tema “Inteligência Afetiva”, que tem muito a ver com essa capacidade de se relacionar harmoniosamente com as pessoas, sempre buscando compreender melhor como se comunicar, de que forma ser claro sem precisar ultrapassar os limites da boa convivência. Sempre busquei, inclusive, mostrar o quanto a afetividade tem a ver com o desenvolvimento da inteligência humana e de que forma isso contribui para nossa realização pessoal, profissional e amorosa. Certo dia, pensando em como abordar este tema de uma forma ainda mais fácil, me veio uma percepção muito clara: o quanto temos desaprendido a acolher o outro, a ter paciência, a compreender que cada um tem suas dificuldades, mas que todos nós desejamos apenas ser felizes... e a palavra GENTILEZA me veio na hora! Comecei a pesquisar sobre o tema e fui encontrando dados surpreendentes, o que me empolgou cada vez mais. Saí de “férias” por uns dias, como sempre faço quando vou escrever, e o resultado foi este - o livro O PODER DA GENTILEZA.
No seu livro, você dá dicas práticas de como exercitar a gentileza no dia-a-dia?
Sim, com certeza. Procurei transformar este trabalho em algo muito prático. Quero reproduzir aqui 10 dicas para facilitar a prática da gentileza. Creio que se conseguirmos incorporar pelo menos algumas dessas ações, nossa vida já se tornará bem mais leve e gostosa.
1. Tente se colocar no lugar do outro. Isso o ajuda a entender melhor as pessoas, seu modo de pensar e agir.
2. Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema.
3. Pratique a arte da paciência. Evite julgamentos e ações precipitadas.
4. Peça desculpas. Isso pode prevenir a violência e salvar relacionamentos.
5. Pense positivo. Procure valorizar o que a situação e o outro têm de bom e perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.
6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de você. As diferenças são uma verdadeira riqueza para todos.
7. Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida.
8. Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas depende de se descobrir a raiz do problema.
9. Faça justiça. Esforce-se para compreender as diferenças e não para ganhar, como se as eventuais desavenças fossem jogos ou guerras.
10. Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.
Saiba mais sobre a palestra O PODER DA GENTILEZA. Sua equipe nunca mais será a mesma!
www.rosanabraga.com.br
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=07222

domingo, 9 de junho de 2013

Será que seus amigos atrapalham seus estudos? - Guia do Estudante

Será que seus amigos atrapalham seus estudos? - Guia do Estudante

20 livros clássicos gratuitos que você pode baixar na Internet

20 livros clássicos que você pode baixar na internet

Otavio Cohen 30 de novembro de 2011

Para alguns leitores inveterados, só existe uma coisa mais agradável do que o cheiro de um livro: tê-lo para sempre. Quem não faz questão de ter na estante todas as obras clássicas que já leu ou que fingiu já ter lido morre de vontade de devorar, sai na vantagem por causa de duas palavras mágicas: domínio público.
No Brasil, geralmente um livro cai no domínio público 70 anos depois da morte de seu autor. Quando isso acontece, os direitos comerciais sobre o texto são liberados. É por isso que a maior parte das obras disponíveis foram escritas até o início do século 20 (ou seja, nada de escritores modernistas, por enquanto). No site brasileiro Domínio Público existem mais de 178 mil textos como o clássico do Cavaleiro da Triste Figura esperando o seu clique para integrarem esta rica prateleira que é o seu HD. O #Cultura selecionou algumas obras essenciais da literatura mundial para você não usar a preguiça de procurar no acervo do site como desculpa.
Literatura brasileira e portuguesa:
1. Aluísio de Azevedo – O Cortiço
2. Álvares de Azevedo – Lira dos Vinte Anos
3. Bernardo Guimarães – A escrava Isaura
4. Eça de Queirós – Os Maias
5. Euclides da Cunha – Os Sertões
6. Fernando Pessoa – Livro de Desassossego
7. José de Alencar – Iracema
8. Machado de Assis – Dom Casmurro
9. Olavo Bilac – Via Láctea
10. Raul Pompéia – O Ateneu
11. Tomás Antônio Gonzaga – Marília de Dirceu
Literatura mundial:

12. Charles Dickens – Grandes Esperanças (em inglês)
13. Dante Alighieri – A Divina Comédia (em português)
14. Fiódor Dostoiévski – Crime e Castigo (em inglês)
15. Franz Kafka – A metamorfose (em português)
16. James Joyce – Ulisses (em inglês)
17. Leo Tolstoi – Guerra e Paz (em inglês)
18. Miguel de Cervantes – Dom Quixote (em português)
19.  Victor Hugo – Os miseráveis (em inglês)
20. William Shakespeare – Hamlet (em inglês

Imagens: Getty Images e Wikimedia Commons

6 escritores clássicos que não enxergavam direito

6 escritores consagrados que não enxergavam direito

Livia Aguiar 6 de setembro de 2011
Escrever sem ver não é tão difícil quanto compor música sem escutar (converse mais a esse respeito com Beethoven).  É que a arte de contar histórias é bem mais antiga do que a escrita.  Bastava que uma pessoa contasse e outra ouvisse para que os casos passassem de geração a geração. A invenção do Braille levou a leitura e a escrita para quem não consegue enxergar, mas também é possível contar com uma ajudinha alheia para desfrutar a literatura. Foi assim que a maioria dos autores dessa lista criaram as obras que os consagraram – em outros casos, a deficiência de visão não foi tão forte a ponto de impedir que eles mesmos lessem (e escrevessem) seus trabalhos.
Homero

O autor grego dos poemas épicos Ilíada e Odisseia é muito controverso. Nem mesmo o século de seu nascimento é muito preciso. O século 8 a.C. é conhecido como a “data de Homero”, a época em que supostamente os poemas foram escritos. Isso significaria que Homero viveu 4 séculos após a Guerra de Troia, que ele narra com tantos detalhes na Ilíada. Confuso?
Se não sabemos sequer quando e onde nasceu (ou mesmo SE nasceu – existem teóricos que duvidam de sua existência), como saber se ele era cego? O que temos são teorias, mas mesmo assim ele não poderia faltar nessa lista. O nome Homero deriva de “homerus”, que significa “refém”, palavra muitas vezes usada como sinônimo para “cego” em grego. Ainda que existam documentos se referindo ao autor como “bardo cego”, pode ser que seu nome também significasse “aquele que guia os que não veem”, através da poesia. Esperamos a criação de uma máquina do tempo e/ou o Doctor Who para confirmar o que se diz sobre o escritor.
Luís de Camões
Nascido em 1524 em Portugal, Camões, um dos grandes poetas da Língua Portuguesa, perdeu um dos olhos em um campo de batalha na África. Felizmente, isso não impediu o escritor de escrever “Os Lusíadas”, epopeia nacionalista que conta a história do descobrimento da rota marítma para a Índia por Vasco da Gama. Publicada em 1572, a obra foi escrita durante algumas viagens do autor pelo Oriente – conta-se, inclusive, que Camões naufragou em uma jornada de volta a Goa e que os únicos sobreviventes do desastre foram o poeta e o manuscrito de sua obra-prima.
Ainda que não tivesse uma visão perfeita (a percepção da profundidade é mais prejudicada pela falta de um olho), Camões não deixou de viver loucamente: foi preso várias vezes, lutou em diversas batalhas ao redor do mundo, amou mulheres que o rejeitaram e, no fim, voltou a Portugal – mas não como heroi. Faleceu em 1580 com pouco dinheiro no bolso e sem o devido reconhecimento por sua obra.
John Milton

O poeta, nascido em 1608, ditou o épico “O Paraíso Perdido” da prisão, entre 1658 e 1664 e publicou-o em 1667. O autor foi preso por apoiar Oliver Cromwell durante o curto período republicano da Inglaterra e teria ficado cego enquanto cumpria sua pena, vítima de glaucoma.
“O Paraíso Perdido” conta a história da criação de Adão e Eva, a queda de Lúcifer e a sua expulsão do paraíso. A obra mistura paganismo, mitologia clássica e cristianismo no mesmo caldeirão. Em 1771, Milton publicou uma sequência do poema: “O Paraíso Recuperado”, que conta a história de Jesus. O poeta ficou consagrado por escrever em “versos brancos”, que possuem métrica, mas não rimam.
James Joyce

Nascido em 1881, o escritor irlandês é considerado um dos autores mais influentes do século XX. Entre seus trabalhos mais famosos estão “Dublinenses”, “Ulisses” e “Finnegans Wake”, sendo o último a sua obra mais experimental (e díficil de entender). Informalmente, Joyce também é conhecido como o maior escritor que todos fingem que já leram.
Joyce sofreu com vários problemas nos olhos e teve que se submeter a diversas cirurgias, sem conseguir jamais recuperar totalmente sua visão. Sylvia Beach, editora de algumas das obras do escritor, conta em seu livro “Shakespeare and Company” que as provas gráficas de Ulisses eram aumentadas diversas vezes para que o escritor pudesse revisá-las. Para escrever “Finnegan’s Wake”, Joyce contou com a ajuda de diversos assistentes que escreviam o que ele ditava. Um deles era o dramaturgo e novelista Samuel Beckett (mais conhecido pela peça “Esperando Godot”, em que nada acontece. Sério.).
Aldous Huxley

Autor de “Admirável Mundo Novo”, Huxley teve uma doença chamada queratite pontuada que o deixou praticamente cego em 1911, quando tinha 17 anos. A limitação da visão impediu o inglês de servir o exército durante a Primeira Guerra Mundial.
Alguns acreditam que essa quase completa cegueira que durou quase três anos foi o que salvou o autor dos horrores da guerra e possiblitou que ele se tornasse um professor na universidade de Oxford. Sua visão foi melhorando com o tempo – em 1940, ele precisava apenas de lentes de aumento para ler. Huxley publicou seu primeiro livro aos 20 anos e “Admirável Mundo Novo” aos 38, antes de se mudar para os Estados Unidos em 1937.
Jorge Luis Borges

Um dos grandes romancistas e ensaístas argentinos do século XX – talvez o maior deles – sofreu com uma cegueira hereditária progressiva que o deixou completamente cego em 1955 quando Borges tinha 56 anos. A falta de visão não impediu o autor de “Ficções” e “O Aleph” de continuar produzindo, inclusive ironizando sobre sua própria limitação.
Teimoso, Borges nunca aprendeu Braille. Assim que sua visão o tornou mais dependente, mudou-se para a casa da mãe, que atuou como sua assistente pessoal até morrer, aos 99 anos, em 1975.  Depois da morte dela, Borges viajou muito pelo mundo na companhia da secretária com a qual casaria em 1986, no Paraguai, poucos meses antes de morrer de câncer no fígado.
Tags: |
Categoria: Postado em listas
fonte: http://abr.io/IluB