quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

20 livros clássicos que você pode baixar na internet



Para alguns leitores inveterados, só existe uma coisa mais agradável do que o cheiro de um livro: tê-lo para sempre. Quem não faz questão de ter na estante todas as obras clássicas que já leu ou que fingiu já ter lido morre de vontade de devorar, sai na vantagem por causa de duas palavras mágicas: domínio público.
No Brasil, geralmente um livro cai no domínio público 70 anos depois da morte de seu autor. Quando isso acontece, os direitos comerciais sobre o texto são liberados. É por isso que a maior parte das obras disponíveis foram escritas até o início do século 20 (ou seja, nada de escritores modernistas, por enquanto). No site brasileiro Domínio Público existem mais de 178 mil textos como o clássico do Cavaleiro da Triste Figura esperando o seu clique para integrarem esta rica prateleira que é o seu HD. O #Cultura selecionou algumas obras essenciais da literatura mundial para você não usar a preguiça de procurar no acervo do site como desculpa.
Literatura brasileira e portuguesa:
Literatura mundial:

12. Charles Dickens – Grandes Esperanças (em inglês)
13. Dante Alighieri – A Divina Comédia (em português)
14. Fiódor Dostoiévski – Crime e Castigo (em inglês)
15. Franz Kafka – A metamorfose (em português)
16. James Joyce – Ulisses (em inglês)
17. Leo Tolstoi – Guerra e Paz (em inglês)
18. Miguel de Cervantes – Dom Quixote (em português)
19.  Victor Hugo – Os miseráveis (em inglês)
20. William Shakespeare – Hamlet (em inglês

Imagens: Getty Images e Wikimedia Commons
fonte:  http://abr.io/BaZ3

sábado, 12 de janeiro de 2013

10 Gênios da história com transtornos




Vincent van Gogh, famoso por quadros como 'A Noite Estrelada' e 'A Cadeira de Van Gogh', sofria de transtornos mentais. Além disso, de tanto beber absinto, ele adquiriu uma lesão no cérebro que causava ataques epilépticos. Certa vez, devido a uma crise, decepou sua própria orelha esquerda. Alguns autores afirmam que ele poderia ter transtorno bipolar, pois tinha variações constantes de humor. Suicidou-se aos 37 anos de idade.


John Nash, o matemático que inspirou o filme 'Uma Mente Brilhante' e ganhador do Nobel de Economia, tem esquizofrenia paranoide. Ele já passou por vários hospitais psiquiátricos, sempre contra sua vontade, nos quais recebeu tratamentos com drogas antipsicóticas e injeções de insulina (que provocam períodos de coma). Gradualmente, Nash se recupera e eventualmente dá aulas de matemática na Universidade de Princeton.


O aviador, produtor de filmes e empresário Howard Hughes tinha uma estranha fobia de germes. Por causa do transtorno, ele tornou-se recluso e adquiriu o vício em codeína. Era compulsivo por higienização e obrigava seus empregados a seguirem suas ordens à risca. Para servir comida, por exemplo, eles precisavam usar luvas de papel toalha. Em certa fase, Hughes tirava toda a roupa e ficava deitado por horas em quartos escuros (que chamava de 'zonas higiênicas'); e calçava caixas de lenços nos pés.



De acordo com alguns autores, o escritor Edgar Allan Poe, famoso por suas histórias de terror, sofria de transtorno bipolar. Ele bebia muito e certa vez escreveu uma carta descrevendo seus pensamentos suicidas.


O Rei Charles VI também era conhecido como Charles, o Louco. Ele reinou na França de 1380 a 1422. Doze anos após tomar o trono, os transtornos mentais começaram a aparecer. Certa vez, ele ficou tão mal que não conseguia se lembrar do próprio nome! Em outros episódios, ele se esqueceu que tinha mulher e filhos. Em 1405, Charles se recusou a tomar banho por cinco meses e ficou todo o período sem trocar as roupas. O rei também acreditava que era feito de vidro, por isso não permitia que ninguém encostasse em sua pele, por medo de quebrá-la.


Ernest Hemingway, ganhador de um Nobel de Literatura e um prêmio Pulitzer, tinha depressão e alcoolismo. Sua saúde mental tornou-se debilitada por causa do uso intenso de medicamentos, pelas bebedeiras, e devido a uma terapia baseada em choques elétricos, que causou perda de memória. , Assim como seu pai, seu irmão e sua irmã, Hemingway se suicidou.


Tennessee Williams, dramaturgo, autor de 'Um Bonde Chamado Desejo' e vencedor do Prêmio Pulitzer, sofria de depressão, alcoolismo e dependência química. Seu quadro se agravou ainda mais quando, sua irmã esquizofrênica passou por uma lobotomia; e seu namorado de longa data morreu de câncer de pulmão.


O famoso compositor Ludwig Van Beethoven tinha transtorno bipolar, de acordo com autores. Quando jovem, sofreu muito com o pai - que o agredia fisicamente e o pressionava a estudar música. As surras constantes contribuíram para que ele perdesse a audição. Beethoven tinha períodos de grande excitação e energia , seguidos de momentos de extrema depressão. Para se ver livre das crises, usava drogas e álcool.



Abraham Lincoln é conhecido por seus grandes feitos como presidente dos Estados Unidos. Mas apesar do sucesso, ele era descrito como um indivíduo de tendências melancólicas. Tinha crises profundas de depressão e ficava debilitado com frequência. Alguns autores afirmam que Lincoln tentou cometer suicídio.


Isaac Newton foi um dos maiores gênios de todos os tempos. Ele inventou o cálculo, desenvolveu a Lei da Gravidade e construiu o primeiro telescópio refletor. Mas, apesar do brilhantismo, era conhecido por seus transtornos mentais. Newton era uma pessoa de difícil convivência e apresentava mudanças drásticas de humor. Alguns autores sugerem que ele tinha transtorno bipolar e esquizofrenia.


As 7 partículas subatômicas mais importantes


Fogo, terra, água e ar. Os filósofos gregos do século 6 a.C. acreditavam que esses 4 elementos formavam tudo o que existe. E eles não estavam tão errados assim. Hoje sabemos que você, as pedras, as estrelas, os seres extraterrestres ou qualquer outra coisa que dê para imaginar são o resultado de alguns poucos ingredientes, e da forma como eles interagem entre si.
Olhe para a cutícula na unha do seu dedo indicador. Estique mentalmente esse pedacinho de pele até que ele fique do tamanho de um prédio de 100 andares. Se isso acontecesse, o átomo ficaria com a espessura de uma folha de papel. Acredite se quiser, nesse espaço exíguo cabe um universo: o mundo quântico, habitado pelas partículas subatômicas. Se existe algo que pode ser chamado de elemento fundamental da natureza, não é terra, nem água, nem átomo, nem próton ou nêutron, e sim essas partículas. Duas delas, os quarks e elétrons, formam toda a matéria que você vê. Outras 4 são bloquinhos de energia pura e trabalham pra manter os quarks unidos, deixar seu corpo no chão, iluminar as coisas…
Também existe um patinho feio nessa história: o neutrino, uma partícula sem casa, que vive do lado de fora dos átomos. E que atravessa seu corpo o tempo todo sem deixar vestígios. Nosso mergulho no mundo subatômico começa por ele. E termina numa enrascada que faz a ciência de hoje parecer tão limitada quanto as ideias dos filósofos gregos.
Em 1 segundo, mais de 120 bilhões de partículas minúsculas e quase sem massa terão atravessado seus olhos a uma velocidade próxima a 300 mil quilômetros por segundo. E, até o final desta reportagem, cerca de 10 milhões delas serão criadas dentro de você. Sabe qual o efeito de toda essa atividade? Praticamente nenhum. Isso porque o neutrino, a forma de matéria mais leve que existe, interage tão pouco com as outras coisas que é chamado de partícula fantasma. Ele surge dentro do núcleo atômico, quando um próton se transforma em nêutron (ou vice-versa). Isso acontece nos átomos de hidrogênio do Sol. E dentro de você também. Certos átomos de potássio que formam seu corpo estão emitindo neutrinos agora mesmo. Mas ele não vem do nada, claro: é que sempre sobra alguma energia quando essas transformações acontecem. Essa força, segundo Einstein, se converte em massa, e o processo dá origem, entre outras coisas, a um novo e levíssimo neutrino. Mas nem todos os elementos que formam o Universo são tão fantasmagóricos e anti-sociais. Um deles, pelo contrário, é bem interativo. O nosso número 2.
2. Elétron

neutrino está vagando por aí, solto pelo espaço. Já o elétron, seu primo mais gordo, também é meio nômade, mas costuma morar numa espécie de habitat natural: a periferia do átomo. E a perifa do átomo, também conhecida por eletrosfera, é gigantesca. Se o núcleo do átomo fosse do tamanho de uma bola de futebol, o “pedaço” habitado pelos elétrons seria do tamanho de um estádio. Apesar de terem massa desprezível, os elétrons são os responsáveis pelas maravilhas da civilização: chocam-se contra a tela da TV e acendem a imagem, movem-se no filamento da lâmpada e produzem luz, espremem-se contra o fundo do ferro de passar e produzem calor, transformam em dados as batidas do teclado de quem escreveu este texto e alimentam a gráfica que imprimiu a revista. O elétron foi a primeira partícula subatômica a ser descoberta, em 1897, e a única da “velha geração” que continua a ser fundamental. Diferentemente dos pesadões próton e nêutron, que já foram tidos como elementos fundamentais, mas acabaram rebaixados. Eles são feitos de outras partículas, encontradas em 1964. Os…
3. Quarks
“Três quarks para muster mark.” Foi dessa frase do livro Finnegann’s Wake, do irlandês James Joyce, que o físico Murray Gell-Mann tirou o nome dos blocos de partículas formadores de prótons e nêutrons. Um nome que não significa nada. Mas os quarks significam muito: eles são os tijolos que a natureza usa para construir prótons e nêutrons, as superpartículas que formam o núcleo atômico. Cada uma delas é feita de 3 quarks. Pudera: eles são como uma panelinha de amigos fiéis. Existem só em grupos de 3 – ninguém nunca observou um quark sozinho em laboratório – e possuem um tipo de “carga elétrica” denominada cor, que pode ser azul, vermelha ou verde. Dentro de suas panelinhas, eles ficam trocando de cor (ou carga) o tempo todo, como modelos trocando loucamente de vestido, num desfile frenético dentro do átomo. Os quarks estão confinados dentro de seu grupo por uma força absurdamente alta, que os puxa violentamente de volta cada vez que eles tentam abandonar a turma. E essa força também é formada por uma partícula. É o…
4. Glúon
Os glúons são como estilistas de quark no desfile subatômico. Eles ficam circulando de um quark a outro dentro da panelinha e são os responsáveis pela troca da cor dos vestidos. Essas partículas funcionam como uma espécie de mola, que deixa os quarks livres quando estão próximos ao centro do grupo, mas os puxam de volta com muita força quando eles se afastam. A força formada pelo glúon é a mais poderosa do Universo, quase infinitamente mais forte do que a gravidade que nos une ao chão. Responde pelo nome de força nuclear forte e mantém o núcleo do átomo coeso. Mas às vezes o elástico arrebenta, e o núcleo do átomo se desfaz. Esse processo é chamado fissão nuclear, quando o átomo é partido em dois, ou de decaimento radioativo, quando pedaços do núcleo atômico se soltam, espalhando-se por aí. Essa bagunça atômica, a radioatividade, é causada por partículas desordeiras, verdadeiras destruidoras de átomo. São os nada famosos…
Essas partículas são como valentões de colégio: grandes e pesadas, passam a vida tratando a cotoveladas os quarks, elétrons e neutrinos. A gangue da força fraca é formada por 3 integrantes: os bósons W-, W+ e Z, todos eles com mais de 86 vezes o peso de um próton inteiro. Eles tocam o verdadeiro terror dentro do núcleo, chegando até a expulsar partículas de dentro dos átomos mais pesados (daí a radiação). Apesar da violência, essa força é menos intensa que a nuclear forte, cerca de 100 mil vezes mais poderosa. É por causa disso que os valentões ganharam o apelido de “força fraca”. Na realidade, a gangue da força fraca é uma dissidência de outro bando, muito maior e mais poderoso. No início do Universo, eles estavam associados a outras partículas, com as quais compunham uma força chamada de eletrofraca, que não existe mais. Bilhões dessas antigas companheiras da força fraca saltam desta página direto para os seus olhos a cada segundo. Estamos falando do radiante…
6. Fóton




O sinal da TV, do rádio, do celular, os raios X, a força que prende o ímã da pizzaria na sua 
 geladeira. Tudo isso é composto de fótons. Eles são mais conhecidos como as partículas que formam a luz visível. Mas essa é só uma de suas atribuições. O que o fóton faz é carregar a 2ª força mais poderosa do Cosmos: a eletromagnética, bilhões e bilhões de vezes mais poderosa que a gravidade e apenas 100 vezes menos intensa que a nuclear forte. O que você entende como toque é nada mais que a repulsão eletromagnética entre o papel e a sua pele. Uma repulsão que acontece por causa dos fótons que sua mão e a revista trocam quando se aproximam. Pense nisso quando fizer sexo: tudo o que você sente ali é uma grande troca de fótons… Bom, de quebra, a força eletromagnética também é a principal responsável por manter os elétrons em torno do núcleo. E é ela que comanda as ligações químicas dos átomos e moléculas. Ufa! Mas existe outra força por aí. Justamente a que você mais percebe no dia-a-dia. É a velha gravidade, que seria o produto do…
7. Gráviton



Dissemos “seria” porque, acredite se quiser, a força que empurrou a maçã na cabeça de Newton e que mantém a Terra orbitando em torno do Sol ainda não é compreendida pela física quântica, para a qual toda força é feita de alguma partícula de energia. A responsável pela gravidade tem até nome: gráviton. Mas, quando os físicos tentam espatifar átomos em aceleradores de partículas para analisar o que sai lá de dentro, cadê o gráviton? Ninguém sabe, ninguém viu. Ele continua sendo uma hipótese e um buraco no chamado Modelo Padrão, a teoria da física que explica tudo o que você viu aqui. Na verdade, o gráviton pode ser o calcanhar-de-aquiles da física. Há quem diga que só vai ser possível entender a gravidade se olharmos ainda mais fundo na matéria. Para que a maçã de Newton faça sentido, talvez seja necessário pisar num mundo ainda mais misterioso que o da mecânica quântica: o das supercordas – entidades fantasmagóricas que viveriam num mundo de 11 dimensões e estariam, segundo alguns teóricos, por trás dos 7 elementos. Mas isso é assunto para outra reportagem.
Bônus: Bóson de Higgs


A tal “partícula de Deus”, uma das protagonistas da história da ciência em 2012, também é fundamental para a composição do universo. Mas atua nos bastidores. Sem ela, as partículas de matéria como os quarks e elétrons não teriam massa. Sem massa, as partículas não formariam átomos e, bem… os átomos não formariam você (entenda melhor aqui). A experiência que tornou público este milagre da ciência causou muito barulho. É que só faltava provar a existência desta partícula para que o Modelo Padrão fosse totalmente comprovado, apesar da controvérsia do gráviton. Um grande salto para o homem, mas um passo minúsculo para o universo. A “descoberta” do bóson de Higgs explica 4,6% de tudo o que existe. Falta o resto.

Comer pouco ajuda a manter o cérebro jovem





Pesquisadores italianos da Universidade Católica do Sagrado Coração em Roma descobriram que uma molécula chamada CREB1 é acionada por “restrição calórica” (ou dieta de baixa caloria) no cérebro de camundongos e, então, ativa outras moléculas ligadas à longevidade e ao bom funcionamento cerebral.
Uma dieta de restrição calórica significa consumir só 70% dos alimentos que se consumiria normalmente e já era usada como forma de prolongar a vida de animais em modelos experimentais. Geralmente, os ratos de laboratório mantidos com uma dieta assim não se tornam obesos e não desenvolvem diabetes, além de mostrar melhor desempenho cognitivo e de memória e serem menos agressivos. Eles também não desenvolvem a doença de Alzheimer – e, se isso acontece, é só muito mais tarde e com sintomas menos graves do que em animais superalimentados.
Que a obesidade é ruim para o nosso cérebro já era fato conhecido. Muitos estudos sugerem que ela causa envelhecimento cerebral precoce, tornando o cérebro suscetível a doenças típicas dos idosos como o Alzheimer e Parkinson. No entanto, ainda não se sabia precisamente qual era o mecanismo molecular por trás dos efeitos positivos de uma dieta de baixa caloria.
E aí é que está a importância do estudo dos cientistas italianos: eles descobriram que o mediador dos efeitos da dieta sobre o cérebro é a molécula CREB1. Com uma dieta de baixa caloria, ela se ativa e aciona um grupo de moléculas ligadas à longevidade, os “sirtuins”. O papel da CREB1 aqui é fundamental: nos ratos que não a possuíam, os benefícios da restrição calórica sobre o cérebro não apareciam.
Os cientistas já tinham uma noção do valor dessa molécula. Já se sabia que ela tinha um papel em regular importantes funções cerebrais, como aprendizagem, memória e ansiedade, e sua atividade é reduzida ou fisiologicamente comprometida pelo envelhecimento. A boa notícia é que sua ação pode ser aumentada significativamente: basta reduzir a ingestão calórica.
O pesquisador Giovambattista Pani, um dos autores principais do estudo, espera agora encontrar uma maneira de ativar a CREB1 de outras formas (como por meio de novas drogas), sem a necessidade de uma dieta rigorosa, para manter o cérebro jovem. “Esta descoberta tem implicações importantes para desenvolver futuras terapias para prevenir a degeneração do cérebro e o processo de envelhecimento”, disse ele.
Via Medical Xpress
http://abr.io/5H8U
 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Cinco grandes traições da história

Cinco grandes traições da história

A história e a literatura estão cheias de exemplos de grandes amizades: Sherlock Holmes e Watson, Dom Quixote e Sancho Pança, John Lennon e Paul McCartney… Mas nem sempre a lealdade prevalece e alguns casos tiveram um desfecho trágico. Conheça cinco grandes traições que marcaram relações aparentemente inabaláveis. 5º – Otelo e Iago
1603

Desdêmona, esposa de Otelo, perdeu a vida por causa da traição de Iago
(Desdemona, de Frederic Leighton)
O poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare sempre explorou a traição em suas peças: Rei Lear, Hamlet, Mac Beth… Mas foi a falsa amizade de Iago na peça “Otelo, o Mouro de Veneza” que se tornou a mais famosa de todas. Na história, Iago, alferes do general Otelo, se sente injustiçado quando seu comandante nomeia outro para o posto de tenente. Decide então se vingar, fazendo Otelo pensar que sua mulher, Desdêmona, o traiu. A trama funciona e, consumido pelo ciúme, o general acaba matando-a asfixiada. Quando descobre que tudo não passou de uma mentira de seu alferes, suicida-se.
4º – Tiradentes e Silvério
Minas Gerais, 1789

Quando ainda era uma colônia de Portugal, o Brasil protagonizou uma das grandes apunhaladas nas costas da história. Na capitania de Minas Gerais, região de grande importância na época pela extração de ouro, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, organizou um levante de objetivos separatistas após a Coroa Portuguesa aplicar taxas abusivas. Quando tudo parecia encaminhado, um de seus companheiros, Joaquim Silvério dos Reis, delatou aos portugueses o movimento. Silvério ganhou posses e nomeações. Já Tiradentes acabou enforcado e esquartejado. A independência do Brasil só viria décadas depois, em 1822.
3º – URSS e Alemanha
1941


Os ex-aliados Stalin e Hitler

Poucas traições foram tão grandiosas a ponto de envolver duas nações. União Soviética e Alemanha assinaram em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o Pacto Molotov-Ribbentrop, ou simplesmente Tratado de não-agressão germano-soviético. O pacto estabelecia que a Alemanha nazista de Hitler e a URSS de Stálin não iriam interferir uma na outra em termos bélicos. A ideia era que a Alemanha atacasse e anexasse a Polônia sem intervenções soviéticas, enquanto apoiaria uma invasão soviética à Finlândia. Ambos os ataques se concretizaram em 1939. Tudo parecia perfeito na amizade entre os dois regimes, até que, em 1941, sem grandes explicações, Hitler atacou os russos na Operação Barbarossa. A URSS, após tamanha traição, entrou de vez na guerra ao lado dos Aliados. O resto é história.
2º – César e Brutus
Roma, 44 a.C

Marcus Junius Brutus, membro da aristocracia romana, lutou contra César ao apoiar Pompeu Magno nas guerras civis romanas, mas foi posteriormente perdoado e nomeado pretor, como favorecido de Júlio César. Contudo, a lealdade do general romano não durou muito tempo: ele conspirou com Cassius, outro general, para a morte do imperador. Numa reunião do Senado, César foi apunhalado, caindo aos pés da estátua de Pompeu. Suas últimas palavras teriam sido “Tu também, meu filho?”, se referindo a Brutus. A versão mais conhecida veio da peça de Shakespeare: “Até tu, Brutus?”.
1º – Jesus e Judas
Jerusálem, 33 d.C


O beijo de Judas Iscariotes em Jesus Cristo, pintura anônima do século 12 (Galeria dos Ofícios, Florença, Itália)
A maior traição da história está relatada na Bíblia: Judas Iscariotes, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, é o traidor mais famoso de todos os tempos. Tanto que seu nome virou sinônimo de traidor. Por 30 moedas de prata ele entregou Jesus aos romanos. Depois da última ceia, Judas o beijou no rosto, o sinal que havia combinado com os soldados romanos. O fim da história todos conhecem: Jesus foi crucificado. Judas teria se arrependido e acabou se suicidando. A ironia é que a maior traição de todas talvez tenha sido, na verdade, a maior prova de amizade: ao trair Jesus, Judas teria sido o único apóstolo a ajudá-lo a cumprir com seu destino.
Fonte: http://abr.io/AGgZ

terça-feira, 1 de janeiro de 2013






Qual a diferença entre autoritarismo, ditadura, totalitarismo, autocracia e despotismo?
Essas palavras não são sinônimos, porém foram usadas por diferentes sociedades no decorrer da história para descrever traços comuns do exercício do poder: a concentração excessiva do poder político nas mãos de um pequeno grupo ou de uma pessoa, assim como o exercício arbitrário, violento e injusto dessa força.
O professor de história da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Paulo Cavalcante explica que o totalitarismo é a palavra que tem mais diferenças, não sendo adequado usá-la como sinônimo das demais. O termo aparece com o fascismo italiano no início do século 20 e sugere uma forma de domínio radicalmente nova para a época, que busca destruir as capacidades políticas do indivíduo, isolando-o em relação à vida pública.
“Nesse processo de aniquilamento da pessoa, ganha destaque, como única saída possível, a vida no seio coletivo da nação, no movimento de massa e no partido único. Mussolini e Adolf Hitler foram os líderes totalitários por excelência, diz Cavalcante. O professor acrescenta que, embora tenham sentidos parecidos, as palavras autoritarismo, ditadura, autocracia e despotismo foram utilizadas em momentos históricos diferentes e, portanto, carregam no sentido o contexto histórico na qual estiveram inseridas.
http://abr.io/9Mj6