sexta-feira, 17 de maio de 2013

10 poluentes que mais matam no mundo

10 poluentes que mais matam no mundo

Jessica Soares 5 de março de 2013
Pelo menos 125 milhões de pessoas no mundo têm a saúde comprometida pela poluição tóxica. E a culpa é da atividade industrial. Chumbo, cromo, mercúrio, amianto, cádmio e compostos orgânicos voláteis – os poluentes mais comuns e mais mortais do planeta – já diminuíram 17 milhões de anos de vida nos países em desenvolvimento*. Isso só em 2012.
Os dados são do World’s Worst Pollution Problems Report (“Relatório de piores problemas do mundo relacionados à poluição”, em português), documento elaborado com base nas informações coletadas por um programa de identificação de locais tóxicos implementado pelo Instituto Blacksmith em parceria com a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). Este indicador estima, simultaneamente, o impacto da mortalidade e dos problemas que afetam a qualidade de vida. Por isso, é um importante instrumento para avaliar o estado de saúde da população.
O relatório mede o impacto da exposição a poluentes tóxicos em Disability Adjusted Life Years (DALYs), ou seja, Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade. Se já é assustador imaginar que a poluição tira tanto tempo de vida, fica ainda comparar com outras doenças: o número é superior aos 14 milhões de DALYs causados pela malária e não está muito atrás dos 34 milhões de anos perdidos devido à tuberculose e 29 milhões provocados pelo HIV/AIDS.
Conheça os 10 maiores focos de poluição do mundo e seus impactos na expectativa de vida e saúde da população:
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1. Reciclagem de baterias

Anos de vida perdidos: 4,8 milhões
Apesar de serem recarregáveis, o desgaste de baterias chumbo-ácidas (usadas em automóveis para partida, iluminação e ignição) diminui sua capacidade de acumular energia elétrica. O problema é que, quando estas baterias são recicladas, os metais são separados dos plásticos para a reutilização dos materiais na cadeia produtiva. Em países de baixa e média renda, o crescimento da indústria automobilística aumenta a demanda por chumbo e a reciclagem dessas baterias se torna, por sua vez, também uma grande indústria. Quando a fiscalização ambiental é ineficaz, esta demanda é suprida por usinas de reciclagem informais, onde é comum que as baterias chumbo-ácidas sejam quebradas usando machados ou martelos e a fundição dos componentes metálicos ocorre em locais abertos. Aí, já viu: sem regulamentação, este tipo de atividade libera chumbo no meio ambiente e contamina os trabalhadores e a população, podendo causar problemas neurológicos e de desenvolvimento.
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2. Fundição de chumbo
Anos de vida perdidos: 2,6 milhões
A fundição é um processo industrial que trata os minérios de chumbo para remover as impurezas para a produção do chumbo metálico. Mas esse processo não é tão limpinho e pode liberar poluentes pesos-pesados. Os maiores focos de contaminação relacionados a esta atividade estão na China, Europa Oriental, América do Sul e no Sudeste Asiático. Nestes locais, a legislação ambiental frouxa permite que elementos liberados na fundição do chumbo sejam soltos no ambiente. Emissões atmosféricas podem conter vapores de chumbo e pó, enxofre e dióxido de carbono, além de finas partículas de poeira com arsênio, antimônio, cádmio, cobre e mercúrio. Nos processos de fundição sem controle da poluição, emissões atmosféricas podem chegar a conter até 30 kg de chumbo por tonelada métrica de chumbo produzido. É poluente que não acaba mais. Como se não bastasse, substâncias tóxicas podem ser encontradas na água perto das fábricas de fundição – o controle ambiental inadequado faz com que líquidos residuais provenientes de processos de fundição sejam misturadas à água consumida pela população, sem a descontaminação necessária.
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3. Mineração e processamento de minérios
Anos de vida perdidos: 2.521.600
O processo de remoção de minérios, minerais, metais e pedras preciosas da terra é importante para produção dos mais variados produtos e materiais, mas pode trazer também grandes impactos à saúde humana. Normalmente, o minério extraído é transportado para instalações onde é processado, lavado e separado para obtenção de minerais. A etapa seguinte inclui o refino de fundição ou algum outro tipo de acabamento, processo que requer uma diversificada quantidade de produtos químicos. O produto dessa operação é um rejeito contaminado. O problema está anunciado: em locais em que os processos de mineração não seguem a legislação ambiental, os resíduos (cheios de produtos químicos tóxicos) são liberados no meio ambiente.
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4. Operações de curtume
Anos de vida perdidos: 1,93 milhões
Quando você compra um cinto de couro provavelmente não imagina o processo de produção por trás do acessório. Muito antes de chegar às lojas (ou às suas calças), o material que constitui esse e outros produtos similares passou por um conjunto de procedimentos que recebe o nome de curtimento. É através deste processo que as peles de animais são tratadas e transformadas em couro. E, como você pode imaginar, transformar a pele dos bichinhos em matéria prima para produção de sapatos requer o uso de uma quantidade grande de produtos químicos. Enquanto em fábricas regulamentadas o impacto ambiental é controlado, em operações informais o risco de contaminação cresce. Na Índia, por exemplo, 75% dos curtumes foram produzidos em operações de pequena escala em 2011, em locais onde geralmente faltam recursos para investir em mecanismos de controle eficiente da grande quantidade de resíduos produzidos.
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5. Lixões industriais e municipais
Anos de vida perdidos: 1,234 milhões
Lixo doméstico, pilhas, sucata e resíduos agrícolas, hospitalares e de processos industriais. Em aterros sanitários regularizados há controle e separação dos resíduos – encaminhando materiais cancerígenos, corrosivos, tóxicos ou inflamáveis para tratamento. Mas nos lixões e locais de despejo irregulares tudo está junto e misturado. O resultado não poderia ser outro se não a ampla contaminação do solo, dos lençóis freáticos e da população. A maior parte destes lixões está localizada na África, no Leste Europeu e nos países do norte da Ásia e os impactos na saúde causados por estes poluentes incluem câncer pulmonar, problemas neurológicos e doenças cardiovasculares.
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6. Parques industriais
Anos de vida perdidos: 1,06 milhões
Os parques industriais são locais com infraestrutura geralmente construída pelos governos para atrair e apoiar a atividade. É bonito no papel, mas nem sempre na prática. A contaminação em parques industriais geralmente é causada pela falta de tecnologia e infraestrutura adequadas para o tratamento de resíduos ou controle da poluição. Emissões de poluentes no ar, contaminação das águas superficiais e dos aquíferos são os principais problemas encontrados em propriedades mal geridas e controladas.
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7. Mineração artesanal (garimpo)
Anos de vida perdidos: 1,021 milhões
A mineração artesanal é uma atividade informal em pequena escala, mas libera mais mercúrio no ambiente que qualquer outro setor em todo o mundo. Utilizando métodos rudimentares e baixa tecnologia, essas estruturas geralmente não possuem nenhum controle de poluição. O minério, triturado e lavado para obtenção do ouro, ganha adição de mercúrio durante o processo – um método bastante ineficiente, que captura apenas cerca de 30% do ouro disponível. Porém, o mercúrio continua a ser usado por ser barato e por estar amplamente disponível. Segundo o Instituto Blacksmith, mais de 4,2 milhões de pessoas estão expostas ao risco de contaminação, a maioria na África e Sudeste Asiático, mas com uma alta concentração de garimpeiros também na América Latina.
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8. Fabricação de manufaturas
Anos de vida perdidos: 786 mil
Essencial para a prosperidade de um país e importante para os consumidores individuais, a fabricação de produtos manufaturados é um dos principais contribuintes para o PIB e para a economia global – segundo relatórios do World Economic Forum, a quantidade de produtos manufaturados exportados influencia em 70% das variações do PIB. No caso de países de baixa e média renda, enquanto a demanda por produtos cresce, a rápida expansão da sua fabricação é estimulada, mas nem sempre isso significa melhorias na infraestrutura – 3,5 milhões de pessoas encontram-se potencialmente expostas a poluentes tóxicos. Com mais da metade dos problemas localizados no Sul e Sudeste Asiático, onde a regulamentação da fabricação de produtos (você já sabe) é frequentemente negligente, o problema também está presente em outras regiões como a África e a China, responsável por 15% dos produtos fabricados no mundo.
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9. Fabricação de produtos químicos
Anos de vida perdidos: 765 mil
Produtos químicos de base, como pigmentos, corantes, gases e petroquímicos; materiais sintéticos, como plásticos, produtos de pintura, produtos de limpeza. A fabricação de produtos químicos é uma fonte de poluição tão grande que o Instituto Blacksmith elabora relatórios individuais para itens como os produtos farmacêuticos, solventes, corantes e os pesticidas. Com a maioria dos focos dos problemas na China, Europa Oriental e Sul da Ásia, a indústria de produtos químicos coloca cerca de 5,3 milhões de pessoas em risco de exposição. O caso da Europa Oriental é ainda mais grave, com um número desproporcional da população de risco – cerca de 3 milhões de pessoas.
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10. Indústria de corantes
Anos de vida perdidos: 430 mil
Corantes são utilizados desde 3.500 a.C. para tingir tecidos e outros materiais. O que mudou de lá para cá é a quantidade de produtos químicos envolvidos no processo. E é aí que está o perigo: ácido sulfúrico, crômio, cobre e outros elementos metálicos estão entre os químicos mais encontrados nos corantes. E ao longo do processo de fabricação muitos outros aditivos, como solventes e compostos químicos, também são utilizados. Para se ter uma noção de como esses produtos podem ser altamente poluentes, é só pensar apenas no caso das indústrias têxteis: com uma produção anual de 60 bilhões de toneladas de tecidos, as fábricas utilizam 34 trilhões de litros de água para resfriamento, limpeza de equipamentos e lavagem e processamento de corantes e produtos. Quando todo esse processo não é fiscalizado, quem paga a conta é a população: segundo dados do Instituto Blacksmith, a indústria de corantes põe em risco mais de 1 milhão de pessoas em todo mundo, com o foco do problema se concentrando principalmente no Sul Asiático e na Índia.
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* A base de dados do Instituto Blacksmith inclui mais de 1.600 focos de poluição localizados na África, Ásia, Europa, América Central e América do Sul. Segundo os pesquisadores que assinam o relatório, o impacto dos poluentes tóxicos identificados é mais alto nos países em desenvolvimento. Isso se deve a fatores como má regulamentação industrial, menor controle dos resíduos nocivos, proximidade de indústrias perigosas aos centros urbanos, falta de conhecimento relativo aos impactos dos dejetos na saúde e a falta de recursos dos pequenos produtores para contenção de resíduos. Estes problemas levantam questões para o futuro: a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) estima que, em 2020, a produção global de produtos químicos seja 85% mais alta que em 1995 e um terço dessa produção acontecerá em países em desenvolvimento. O aumento é significativo: na década de 1990, correspondia a apenas um quinto da produção.
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Fontes: Instituto Blacksmith, World’s Worst Pollution Problems Report
http://abr.io/Hi0Y
 

terça-feira, 7 de maio de 2013


O avanço científico e tecnológico no início do século XX traz novas perspectivas à humanidade. As invenções contribuem para um clima de conforto e praticidade. Afinal, o telefone, a lâmpada elétrica, o automóvel e o telégrafo começam a influenciar, definitivamente, a vida das pessoas.
Além dessas, a arte mostrou um inovado meio de comunicação, diversão e entretenimento: o cinema.
É em meio a tanto progresso que a 1ª Guerra Mundial eclode. Em meio a tantos acontecimentos, havia muito que se dizer, e por isso, a literatura é vasta nos primeiros anos do século XX. Logo, os estilos literários vão desde os poetas parnasianos e simbolistas (que ainda produziam) até os que se concentravam na política e nas peculiaridades de sua região.
Chamamos de Pré-Modernismo a essa fase de transição literária entre as escolas anteriores e a ruptura dos novos escritores com as mesmas.
Enquanto a Europa preparava-se para a guerra, o Brasil vivia a chamada política do “café-com-leite”, onde os grandes latifundiários do café dominavam a economia.
Ao passo que esta classe dominante e consumista seguia a moda europeia, as agitações sociais aconteciam, principalmente no Nordeste.
Na Bahia, ocorre a famosa “Revolta de Canudos”, que inspirava a obra “Os Sertões” do escritor Euclides da Cunha. Em 1910, a rebelião “Revolta da chibata” era liderada por João Cândido, o “Almirante Negro”, contra os maltratos vividos na Marinha.
Aos poucos, a República “café-com-leite” ficava em crise e em 1920 começam os burburinhos da Semana de Arte Moderna, que marcaria o início do Modernismo no Brasil.
Os principais escritores pré-modernistas são: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Graça Aranha e Augusto dos Anjos.
Os marcos literários são, especialmente, o já citado “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, e Canaã, de Graça Aranha.
O Pré-Modernismo não chega a ser considerado uma “escola literária”, pois não há um grupo de escritores que seguem a mesma linha temática ou os mesmos traços literários.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/literatura/pre-modernismo.htm

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Pesquisa do Pré-Modernismo e as Vanguardas



PESQUISA SOBRE O PRÉ-MODERNISMO, AS VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPEIAS E O MODERNISMO NO BRASIL.
1)   Quais os movimentos que surgiram no início do Século XX no Brasil, após as pressões de segmentos da população interessados em mudanças políticas?  pág. 19
2)   Como era o Brasil no início do Século XX no meio rural. Explique as tensões que existiam naquela época. pág. 19
3)   Escreva sobre o conflito entre os “dois brasis”. pág.19
4)   Qual é a mentalidade artística que refletia na produção literária no início do século? pág. 20
5)   Qual a cronologia do Pré-Modernismo no Brasil? pág.20
6)   Quais os principais escritores e obras do Pré-Modernismo brasileiro? pág. 21
7)   Qual era a grande temática que abrangeu a primeira geração modernista brasileira? pág. 21
8)   Quem foi Augusto dos Anjos? Quais as características de sua obra? E qual a obra mais importante? pág. 21 e 22.
9)   O que era o expressionismo literário? pág. 23.
10) Quem foi Euclides da Cunha? Como ele idealizou “Os Sertões”? Quais as características dessa obra? pág. 24  
11) Quem foi Monteiro Lobato? Quais são as obras do autor? Como ele é considerado na
       literatura adulta? pág. 25
12) Quem foi Lima Barreto? Quais as obras do autor e as características literárias? pág.25
13) Por que os escritores eram chamados de pré-modernistas e o que era a literatura “sorriso da sociedade”? pág. 30
14) O que foi a Belle Époque ? pág. 40
15) Escreva as características do Momento Histórico do Modernismo do Século XX. pág.41.
16) Quais foram os principais movimentos das vanguardas europeias? pág. 41
17) Por que o Futurismo tornou-se porta-voz do fascismo? Quais as características?pág. 42
18) Quais foram os principais representantes do Cubismo? Quais as características do
      Cubismo Pictórico e o Cubismo Literário? pág. 44
19) Por que o Dadaísmo foi o mais radical dos movimentos de vanguarda? O que era o
       nonsense”? pág. 45 e 46.
20) Quando surgiu o Surrealismo? Quais as características e os autores? pág. 46 a 48.

sábado, 4 de maio de 2013

BIP



  BIP
Meu filho! é a sua mãe. Me telefone assim que chegar. É urgente.
   Bip
   Eu, ah!...Eu não sei falar com secretária eletrônica... Olha, seguinte... Eu sou aquela que sentou do seu lado, ontem, no bar. A do sinalzinho que você disse que queria levar pra casa, e eu tinha que ir junto, lembra? Não deve se lembrar, você estava bêbado. Não parava de dizer: "os que estão prestes a falir vos saúdam!" para as garrafas do bar. Você pegou o meu telefone e me deu o seu e, olhe, eu só quero dizer que o sinalzinho continua no mesmo lugar, se é que interessa. Tchau.
   Bip
   Sérgio! É o Túlio. Te prepara para o pior. Melhor nem aparecer na firma hoje. Pode pintar até televisão. Eu já mandei dizer que estou viajando e não volto tão cedo. Fala com o advogado. Câmbio.
   Bip
   É a Berenice. Ainda não recebi o seu cheque este mês. Não esqueça o meu tratamento de canal. O Rodrigo não vai poder sair com você neste fim de semana. Aliás, se é pra encher ele de hambúrguer do Mac Donald's, é melhor nem sair mesmo. Outra coisa: que história é essa que está saindo nos jornais sobre a firma? Não quero o nome do papai envolvido nisso.Bem que o papai me disse, quando eu casei com você, que não confiava em ninguém que usava blazer acinturado. Manda o cheque.
   Bip
   "Já no estás más a mi lado..." Desculpe, cara. Você sabe, sempre que dizem "isto é uma gravação", me dá vontade de cantar um bolero. Ainda convido essa sua secretária eletrônica pra sair. Vou apresentar ela a um vibrador que eu conheço. Como é, cara? As meninas estão a fim, neste fim de semana. A Valdirene disse que se você perdesse uns quilinhos até que não seria de jogar fora, e eu disse: "depende que quilinhos, não é minha filha?" Sérgio, eu estou achando você muito sombrio. Sai dessa, rapaz! A gandaia é a salvação. Já que o Brasil vai pra lá mesmo, o melhor é ir na frente e pegar mesa de pista. Me telefona.
   Bip
   É a sua mãe de novo. Aposto que você está dormindo. Me liga em seguida, tá?
   Bip
   Seu Sérgio... Alô? É... aqui é o Freitas. O porteiro. É o seguinte, seu Sérgio, ontem na saída do bar o senhor se enganou e em vez de me dar uma gorjeta me deu um vidrinho de remédio do seu bolso. "Isordil". É. Só estou avisando, caso o senhor deu falta, está comigo. Passar bem. Muito obrigado.
   Bip
   Seu Sérgio! É o Duarte, da "Sorte Sua". Não sei se o senhor já sabe que o senhor tirou a Sena acumulada. Já sabem que ela foi feita aqui, mas eu não disse quem era. Parabéns, hein? Um abraço.
   Bip
   Sérgio, Túlio. Isto não é hora pra estar desaparecido ou dormindo, velho. Estou aqui no escritório do doutor Carvalho e ele acha que precisamos nos reunir para decidir o que fazer. O importante é evitar a imprensa. Mas temos que combinar uma estratégia. Estamos esperando por você. Venha logo, a situação é muito grave.
   Bip
   Doutor, fala o general Rocha Monteiro, seu vizinho de cima. Desculpe-me importuná-lo, mas tornou-se mister. Os ganidos do seu cachorro tornaram-se insuportáveis, e minha senhora me informa que sente um cheiro de gás vindo do seu apartamento. Temos que zelar pelo sossego e segurança deste prédio, doutor. Por favor, tome providência. Bom dia.
   Bip
   Meu filho, não é possível. Preciso falar com você o quanto antes. Sou sua avalista e não estou gostando nada dessas histórias nos jornais. Estou indo pra aí e vou arrombar a porta se for preciso. Você não pode dormir enquanto tudo isto está acontecendo, Sérgio. Precisamos conversar.
                                                                   Veja, 13 de abril, 1988.  Luis Fernando Veríssimo

RESPONDA AS QUESTÕES DO TEXTO:
1)  Quais os personagens que aparecem no texto? Escreva as características de cada uma.
2)  Qual o tipo de narrador e o foco narrativo?
3)  Escreva o enredo da história do texto. (começo, meio e fim)
4)  Qual é o clímax da história?
5)  Escreva o desfecho desta história.
6)  Qual é o elo entre os diálogos dos personagens? Que palavra faz a sequência da história?
7)  Quais os pronomes que aparecem no texto? Se possível, classifique-os.
8)  Identifique os pronomes que estão incorretos e corrija-os de acordo com a norma culta.
9)  Qual o personagem que não errou a colocação pronominal? Explique o motivo.
10) Dê sua opinião, comentários e mensagem do texto.